A Justiça Federal concedeu a liberdade para dois homens suspeitos de envolvimento com o grupo terrorista libanês Hezbollah, nesta terça-feira (05).
A decisão, da 2º Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, atende a um pedido da Polícia Federal, que também solicitou a conversão de outras duas prisões temporárias para preventivas.
A PF lançou a “Operação Trapiche”, no dia 8 de novembro, após receber um memorando do serviço de inteligência do governo americano, mais conhecido como FBI, no Brasil. No documento constava que dois brasileiros, de origem libanesa e outro síria, tinham conexões com terroristas na América Latina, Europa e no Oriente Médio e que haviam suspeitas de três brasileiros que teriam viajado ao Líbano recentemente.
“Considerando a rotina, situação financeira e falta de conexão com o Líbano, estas viagens atípicas são muito semelhantes ao modus operandi usado por organizações terroristas”, dizia o comunicado do FBI para o Brasil.
Com cerca de 30 dias de investigação, a Polícia Federal pediu à justiça que dois brasileiros que viajaram ao Líbano fossem soltos, o Ministério Público (MPF) concordou e a juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima expediu os alvarás de soltura nesta terça. Entretanto, o inquérito continua em andamento para apurar o vínculo dos suspeitos com o Hezbollah.
Os brasileiros suspeitos de origem libanesa e síria são considerados foragidos no exterior.
